quarta-feira, março 4

É só uma invejinha



Nos últimos dias, determinadas situações tem me deixado “p” da vida e tem despertado em mim uma vontade enorme de escrever sobre o assunto. Trata-se da inveja. No decorrer deste texto, além da minha opinião, veremos também o que a bíblia nos diz sobre tal assunto, e nada melhor que começar algo por sua definição.

1 – O que é inveja?
O dicionário Vine definide a palavra inveja como sendo: “um princípio ativo de hostilidade dirigido maliciosamente à outra pessoa”. O mesmo dicionário define que “a inveja originou-se da fracassada tentativa de Satanás de usurpar os atributos divinos”. Entende-se por inveja o desejo exagerado, desenfreado e às vezes até mesmo, violento, de possuir o que outra pessoa tem, por exemplo, um carro, uma casa, daí você passa a fazer tudo para ter algo ‘igualzinho’ ao que a pessoa tem. É uma mistura de ódio, desgosto e pesar pelo bem e felicidade de outrem.

2 – A inveja e as obras da carne
A inveja é perniciosa para qualquer pessoa, pois ela está diretamente ligada com a carnalidade e é uma das maiores demonstrações de mesquinharia humana, causada pelo pecado (Gl 5.19-20). “O sentimento sadio é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos” (Pv 14.30). Podemos dizer que a inveja sempre envolve um sentimento maléfico de ressentimento pelo SUCESSO do outro. Ninguém é beneficiado por ela. Quem a tem não consegue andar para frente, pois ocupa seu tempo procurando ser alguém que não é, faz de tudo para impressionar as pessoas, e até mesmo tenta privar o invejado daquilo que ele possui.
A expressão carne vem do grego “sarx”, é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.4-14; Gl 5.17). As obras da carne incluem também: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, homicídios, bebedices e glutonarias (Gl 5.19-21).
As palavras finais do apóstolo Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas. Quem se diz crente em Jesus e pratica essas ações iníquas e malignas exclui-se do reino de Deus. “Aqueles que praticam as obras da carne NÃO poderão herdar o reino de Deus” (Gl 5.21)

3 – Personagens bíblicos
Já sabemos que a bíblia trata a inveja como sendo um pecado; embora ela relate casos de inveja, não a elogia, muito menos a aprova. É preciso sempre lembrar que os erros, mesmo dos personagens mais queridos, estão na bíblia para nos servir de exemplo, de parâmetro para que não cometamos os mesmos.

3.1 Caim
Foi o primeiro exemplo de uma pessoa atingida por esse mal e por suas consequências. O homicídio cometido por ele nasceu deste sentimento que nutria por seu irmão Abel. O invejoso pode tornar-se uma pessoa cheia de ira, amargura e homicida. “E o Senhor disse a Caim: por que te iraste? E por que descaiu o teu semblante? E levantou Caim contra seu irmão Abel e o matou” (Gn 4.6-8)

3.2 Raquel
“Vendo Raquel que não dava filhos, teve inveja de sua irmã e disse a Jacó: Dá-me filho se não morro” (Gn 30.1).

3.3 Os irmãos de José
“Seus irmão, pois o invejavam; seu pai, porém guardava este negócio no seu coração” (Gn 37.11).

3.4 Os fariseus
A ganância por fama também pode trazer a inveja. “Porque ele (Jesus) bem sabia que por inveja os principais dos sacerdotes o tinham entregado” (Mc 15.10)

4 – Seus efeitos
Nos Dez Mandamentos, a bíblia usa o termo “cobiçar” que é um sinônimo de “invejar” (Ex 20.17). Deus colocou a inveja como sendo um dos dez pecados mais graves. Ela surge como um vulcão que irrompe no coração das pessoas. Provoca uma reação em cadeia de atos que visam ofuscar a alegria e o prazer daquele que está sendo abençoado.

4.1 A inveja mata
Ela é como um veneno que mata aos poucos. Ela trouxe ao coração de Caim a ira descontrolada, autocomiseração, o ódio mesclado com desgosto, e a morte.

4.2 A inveja faz adoecer
Não é novidade para ninguém de que a maior porcentagem de doenças é de origem psíquica, ou seja, da mente, da alma. A ciência médica admite que a doença da “psique” é fator decisivo para transformar uma doença imaginária em doença real no corpo físico. Age como um câncer, pois a podridão dos ossos nada mais é do que a ação do câncer que “devora” o físico da pessoa. A inveja faz adoecer a mente e a alma.

4.3 A inveja aprisiona
Este sentimento gera crueldade, ódio e perseguição (mesmo que disfarçada) (Mt 27.18; Mc 15.10; At 5.17).

4.4 A inveja destrói
“Cruel é o furor e a impetuosa ira, mas quem parará perante a inveja?” (Pv 27.4)

A bíblia identifica a inveja como sendo algo muito grave, igualando-a até a gravidade do “homicídio, da contenda, do engano e da malícia” (Rm 1.29). Como já mencionado, a bíblia também equivale à inveja com “os maus pensamentos, a imoralidade sexual, roubo, assassinato, adultério, cobiça, maldade, falsidade, lascívia, calúnia, arrogância e insensatez” (Mc 7.21). Embora muitas pessoas tentem sugerir que a inveja não é um grande mal, a bíblia nos diz claramente o contrário. No entanto, como luz e sal do mundo devemos agir diferente. Muitos costumam abrir a boca, bater no peito e dizer que são amigos de uns e de outros, mas será que estes se contentam em ver o outro numa situação melhor que a sua? Ou a inveja fala mais alto?

Em suma, vale ressaltar que o que prejudica o invejado não é a inveja, mas o invejoso. Ao notar, perceber que alguém nos tem inveja, não devemos permitir que isto, esta descoberta nos deprima ou nos faça recuar em nossas realizações, pelo contrário, a bíblia conta que quando José sonhou, seus irmãos o invejaram e tentaram lhe prejudicar, ele por sua vez, teve ainda outro sonho (Gn 37.5-9); quando Isaque percebeu a inveja dos que entupiram os poços que ele cavou, foi lá e cavou outro poço (Gn 26.18-22).

terça-feira, janeiro 27

O problema sou eu?


Um dia desses vieram me dizer que o problema sou eu. Sempre fui de mostrar meu jeito de cara. Sim, o mesmo clichê de sempre, faço questão de mostrar que não sou desses que acreditam fácil em tudo, custa e muito me fazer acreditar em algo, ainda mais quando se trata de "amor". Acontece que de fato, isso espanta. Ser um cara decidido, mas sempre ter o pé atrás tem seus preços, isso espanta mesmo. Não quero nem posso dizer que as mulheres de hoje em dia estão à procura de homens sonsos, mas elas estão fugindo sim de homens que se posicionam, que tem aquele velho jogo de cintura pra contornar determinadas situações. Isso tudo é o que? Medo? Medo de quê? Confesso que já fui muito de me entregar por inteiro em tão pouco tempo de relacionamento, mas se tem um coisa que nos ensina e nos dá uma lição é esse tal de relacionamento. Depois de muito quebrar a cara, a gente acaba aprendendo que não se deve fazer isso e que o ideal é entregar pedaço por pedaço do seu coração e não ele por inteiro de imediato. É menos sofrimento. Talvez esse também seja um dos fatores que cause espanto. Se esperarem de mim uma entrega total em um curto tempo, sinto lhe dizer: realmente eu acho que o problema sou eu.

terça-feira, agosto 26

Uma droga chamada paixão


A paixão seria algo maravilhoso se não fosse apenas uma experiência temporária. Lenine a define como algo “avassalador, chega sem avisar [...] chega nem pede licença, avança sem ponderar”. A paixão não é premeditada, ela simplesmente acontece. A paixão até satisfaz as necessidades de amor que uma pessoa tem, mas por um curto período de tempo. Ela dá uma sensação de que alguém se importa com você, admira e respeita você. Então você é levado pelas emoções e acredita que é a pessoa mais importante do mundo para esse alguém que você gosta. Mas chega uma hora que o calor da paixão se esfria e sua necessidade de amor não é mais satisfeita. Depois, acontece o que ocorre com na grande maioria dos casos, você sente um vazio enorme dentro si, e esse vazio sempre leva consigo a dor, desilusão, raiva, remorso e por aí vai.

Quando uma pessoa se apaixona, acontecem reações químicas em seu cérebro. A ciência moderna explica isso. Uma super-produção de dopamina, substância química responsável pela transmissão de sinais na cadeia de circuitos nervosos, funciona como uma droga natural. Isto explica a euforia, a vida, a energia que uma pessoa apaixonada possui. É como se a pessoa tivesse ingerido uma pílula de felicidade: A droga da paixão.

Viver a paixão é muito bom, alguém descorda? Porém a paixão é perigosa. Como qualquer droga, tem uma hora que o organismo se torna resistente aos seus efeitos e, nesse caso, toda essa loucura de se estar apaixonado vai sumindo pouco a pouco. É semelhante ao que ocorre quando as pessoas usam drogas ou substâncias que de alguma forma provocam euforia. Ao criar a tolerância, há necessidade de mais “droga” para provocar o mesmo efeito. Desta forma, após passar pela fase de pico, a tendência do fogo da paixão é perder a intensidade. Dizem que o ser humano é programado para se apaixonar por um período de até 30 meses, sendo verdade, há dois riscos nisso tudo: 1) No pico, a pessoa pode tomar decisões que venham a comprometer toda sua vida. O psicólogo Jonathan Haidt dá um sábio conselho quando diz que nesta fase ninguém deveria pedir alguém em casamento ou aceitar casar-se com alguém; e 2) no calor da paixão, pode-se achar que era tudo uma ilusão e romper prematuramente uma relação que poderia dar certo.

A paixão não se transforma em amor, aliás, eles são completamente diferentes. O amor é algo que acontece lentamente e vai se desenvolvendo com o tempo de forma ascendente. Você não ama ninguém intensamente logo que conhece. Você conhece alguém e passa a conviver com essa pessoa. É no convívio que você descobre que ambos tem valores similares, muitas identificações como também muitas diferenças. Apenas o convívio leva às descobertas. Juntos passarão momentos bons e felizes mas também terão que vencer muitas dificuldades. Amar é olhar em direção ao outro, dialogar, perdoar, compartilhar, dar-se de maneira intensa. Quanto mais intensamente as pessoas se dão, mais profundo é o amor que se estabelecerá entre elas.

Então é errado se apaixonar? Claro que não. Errado é fundamentar o relacionamento em cima de uma paixão. Agora me pergunte se é possível viver sem paixão. Eu te respondo que uma relação para sempre é aquela que vem com o amor e com uma certa pitada de paixão. É como ter os pés no chão e a cabeça nas nuvens de vez em quando. Pense nisso! No que você tem fundamentado o seu relacionamento?

sábado, abril 26

A tal da decepção feminina.


Hoje em dia, não existe uma mulher que não tenha se decepcionado com um homem ou com um relacionamento. Na verdade, o número de mulheres que passaram por isso é enorme. É claro que tem coisa errada aí. Vocês nunca pararam pra pensar o quê? Bom, eu parei.

O maior problema das mulheres é que elas esperam demais dos homens. Elas esperam mais do que eles podem ou querem oferecer. Toda mulher tem um ideal de relacionamento perfeito. E cada namorado que ela arruma, ela joga esse ideal em cima deste homem.

Não é o homem que decepciona a mulher, a mulher que se decepciona com o homem. A mulher cria na própria mente um príncipe e qualquer um que não esteja nesse padrão, decepciona ela. A mulher não percebe que ela se ilude com algo que ela mesma idealizou.
E aí, já perceberam onde está o erro?

A mulher tem que descobrir como esse relacionamento será aos poucos. Você não pode achar que ele é perfeito, que vocês logo logo vão casas, que ele vai te servir café da manhã na cama, que vocês terão dois filhos, Vitória e Bernardo… Parem com isso!

Os homens vacilam? É claro que vacilam. Tem idiota pra tudo. Homem tem vontade própria. E por isso pode tomar uma decisão que nunca passou pela sua cabeça. Isso é mais um motivo para vocês serem mais cuidadosas com quem escolhe para ter uma relação.

Fora que as mulheres têm o costume de serem “menininhas”. Parece que a cada relação ela volta ao mundo da fantasia do príncipe encantando e fica idiota. Cadê a tal maturidade que vocês, mulheres, tanto cobram dos homens? Parem de achar que qualquer mané que vocês namoram é o amor da sua vida. Mulher não consegue ficar sem alguém. A carência de vocês abaixa o critério para encontrar alguém e quando não dá certo vocês se decepcionam. Mais uma vez digo: é a mulher que se decepciona com ela mesma.

Guarde suas expectativas. Ou se possível, não crie expectativas. Se você espera muito e nada acontece, você se decepciona. Se você espera nada e algo acontece, você se surpreende. Você vai perceber que tudo pelo qual você se preocupou foi apenas perda de tempo. Se der certo, você se preocupou com tudo à toa. Se der errado, você se preocupou com algo que nem valia a pena ter investido o seu tempo. Pare de criar expectativas, pare de se decepcionar e se surpreenda.

Vi no sem clichê

sábado, abril 5

O amor.



Não quero apenas falar a língua dos anjos, eu quero saber amar.
Não quero ser como um sino que ao ser tocado bem de longe é ouvido por tantos, mas não tem vida... não pode amar.
Também não quero sabedoria e força para mover montanhas, se não tiver com elas o amor; pois sabedoria sem amor é soberba e força sem amor é destruição.
Deus, me ensina a amar, mesmo que eu sofra dores e que suporte tudo por causa do amor.
A minha fé não morrerá, minha esperança permanecerá até que um dia eu te veja face a face, mas o amor... eu preciso dele agora.
Eu preciso aprendê-lo contigo, meu Senhor e vivê-lo em cada dia com todos, todos que eu encontrar pelo caminho.

"Agora pois permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três; mas o maior destes, é o amor."

Leia mais sobre o autor: aqui



sexta-feira, março 28

Amigos: quantidade ou qualidade?



O que você mais preza quando o assunto é amizade? Quantidade ou qualidade? Antes da criação das redes sociais, arrisco-me a dizer que certamente as pessoas prezavam pela qualidade, mas, no mundo atual, em que os sites de relacionamento se tornaram um poderoso atrativo e uma forma de fazer novos amigos, confesso que tenho lá as minhas dúvidas se esses valores não foram invertidos.

Ao fazermos uma “varredura” nos perfis de nossos “amigos” do facebook, não é espanto algum se nos depararmos com a informação de que alguns deles contam com mais de 2000 pessoas em sua relação de “amigos”. Agora, a questão é: será que realmente é possível existir um vínculo de amizade com um número tão vasto de “amigos”?

Bem, imagino que isso não é possível. Acredito que, na verdade, mantemos um vínculo genuíno de amizade com um número bem inferior a esse; e, ainda se entrarmos na questão daqueles com os quais realmente podemos contar, principalmente, nos momentos de dificuldades, penso que esse número cai mais ainda.

Infelizmente, vejo que com o advento das redes sociais, a amizade tornou-se algo um pouco banalizado. A qualidade, que deveria ser prioridade no relacionamento entre amigos, está perdendo certo espaço para a quantidade. Hoje, o legal é você ter milhares de seguidores no twitter e no instagram; assim como “amigos” no facebook. O legal também é você ser popular e alcançar milhares de “curtidas” de seus seguidores ou “amigos” em suas postagens, independente do grau de interação e sociabilidade que você tem com eles.

Além disso, outro fator que me faz pensar o quanto a amizade está sendo banalizada, é que muitas vezes estamos ao lado de nossos amigos seja em um restaurante, shopping, igreja, entre outros locais, e em vez de interagirmos com eles, estamos mais interessados ou preocupados em ficarmos on-line por meio dos celulares de última geração, a fim de interagimos com nossos “amigos” virtuais.

Acredito que é chegado o momento das pessoas pararem e avaliarem como tem sido o nível de suas amizades. Não é por que você foi a uma festa e conheceu o amigo de um amigo, com quem você trocou meia dúzia de palavras, que essa pessoa já pode ser considerada como sua “amiga”. Não é por que alguém solicitou sua amizade no facebook que você tem a “obrigação” de aceitá-lo na sua relação de amigos. Na verdade, muitos podem estar interessados em segui-lo nas redes sociais somente para vasculhar sua vida por meio de suas postagens, fotos, programas que tem feito, entre outras coisas.

Reveja seus conceitos sobre amizade. Preze mais a qualidade do que a quantidade. Importe-se realmente com as verdadeiras amizades e com as que você ainda mantém certo contato. Considere aquelas que também certamente se importam com você e que o respeitam pelo que você é: um ser formado por defeitos e qualidades. Ninguém é mais amado, inteligente, agradável ou “perfeito” pelo fato de ter milhares de “amigos” e seguidores nas redes sociais, até mesmo por que, o preço pago por mim e por você foi o mesmo: o sangue de Cristo, o qual é o mais valioso e verdadeiro amigo.

Talvez, na sua relação de “amigos”, ainda esteja faltando Aquele que jamais poderia faltar: Jesus. Ele, sim, é um amigo sincero, fiel, amoroso e que está sempre disposto a ajudar. Sendo assim, solicite imediatamente Sua amizade e torne-se seu seguidor. De Cristo, realmente vale a pena ser amigo, bem como vasculhar Sua vida e ter a vida vasculhada e transformada por Ele. As histórias e postagens a respeito Dele não são banais e, certamente, não o farão perder tempo. Muito pelo contrário, irão edificá-lo e levá-lo a um mundo que nem se compara com o mundo virtual. E, se você gosta de ser amigo ou seguidor de pessoas, principalmente famosas ou populares, Jesus é a pessoa ideal, pois Ele, nada mais é que, o ser mais conhecido da face da terra e, que também revolucionou toda uma história.


Vi no Lagoinha